Resenha| Princesa de Papel - Erin Watt


Título Princesa de Papel
Autor(a): Erin Watt
Páginas: 368
Editora: Planeta

 O primeiro livro da série The Royals, a nova sensação new adult dos EUA. Ella Harper é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática, acreditando que em algum momento as duas conseguiriam sair do sufoco. Mas agora a mãe morreu, e Ella está sozinha. É quando aparece Callum Royal, amigo do pai, que promete tirá-la da pobreza. A oferta parece tentadora: uma boa mesada, uma promessa de herança, uma nova vida na mansão dos Royal, onde passará a conviver com os cinco filhos de Callum. Ao chegar ao novo lar, Ella descobre que cada garoto Royal é mais atraente que o outro – e que todos a odeiam com todas as forças. Especialmente Reed, o mais sedutor, e também aquele capaz de baixar na escola o “decreto Royal” – basta uma palavra dele e a vida social da garota estará estilhaçada pelos próximos anos. Reed não a quer ali. Ele diz que ela não pertence ao mundo dos Royal. E ele pode estar certo.
Machismo é o comportamento, expresso por opiniões e atitudes, de um indivíduo que recusa a igualdade de direitos e deveres entre os gêneros sexuais, favorecendo e enaltecendo o sexo masculino sobre o feminino. ... Ou seja, o machismo é a ideia errônea de que os homens são "superiores" às mulheres.
As vezes minha mania de não ler a sinopse dos livros acaba me confundindo hahaha quando vi a capa de Princesa de Papel já imaginei reinos, príncipes e rainhas e ao começar a ler percebi, que apesar de alguma ou nenhuma semelhança com o que imaginava, tudo foi esquecido, assim que conheci Ella, uma jovem garota que apesar da pouca idade carrega o mundo nas costas e, agora que sua mãe morreu, ela faz tudo o que precisa para sobreviver e trabalhando como stripper em um clube, era a única forma de evitar parar em um lar adotivo. 


"Alguns adolescentes sonham em viajar pelo mundo, ter carros velozes, casas grandes. Eu? Eu quero ter meu apartamento, uma geladeira cheia de comida e um emprego estável que pague bem, de preferência tão empolgante quanto esperar cola secar."
Quando Callum aparece em sua vida oferecendo um lar, amizade e uma forma digna de ser alguém Ella fica desconfiada, já que acreditar em milagres não faz parte de seu mundo, mas dos males o menor, ela aceita a ajuda de Callum e passa a morar na mansão Royal junto com os cinco filhos dele entretanto, logo ela percebe que estar no mesmo ambiente que os irmãos Royals não será fácil, sua rotina no colégio que é dominado por Reed será um verdadeiro inferno, sendo perseguida constantemente e sofrendo abusos físicos e psicológicos Ella poderia ser a vítima perfeita para todas as histórias que aborda o tema a não ser, pelo fato de que Ella não é fraca, não aceita os abusos calada justamente o contrário e foi por isso que gostei da trama. 
O mundo literário está cada vez mais intransigente com temas que abordam o machismo e os vários tipos de abusos, talvez seja por isso que Princesa de Papel não agradou a muitos. 
Reed é aquele cara mandão que semeia o amor e o ódio a todo momento em direção a Ella, ele tem atitudes errôneas e infantis condizentes com a idade dos personagens, muito cliché para o gênero? Extremamente. Porém, não achei que o personagem é machista, tenho uma visão diferente para a palavra.

"Você deve saber que qualquer que seja o jogo que está jogando, você não pode vencer. Não contra todos nós. Se você for embora agora, você não será machucada. Se você ficar, nós vamos te quebrar tão profundamente que você vai precisar rastejar para ir embora."
 Ella foi odiada a partir do momento em que ela colocou os pés na mansão dos Royals esse ódio todo teve lá suas justificativas, nenhuma que me convenceu, mas que me fez entender mais Reed e apesar de tudo, me fez torcer para que ele pudesse aprender com os próprios erros, justamente o que procuro nos livros que eu leio. A redenção.

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