Título: O Retorno de Izabel
Série: Na Companhia de Assassinos #2
Autor(a): J. A. Redmerski
Páginas:232
Editora: Suma da Letra
Determinada a levar o mesmo estilo de vida do assassino que a libertou do cativeiro, Sarai resolve sair sozinha em missão, com o propósito de matar o sádico e corrupto empresário Arthur Hamburg. No entanto, sem habilidades nem treinamento, os acontecimentos passam muito longe de sair como o planejado. Em perigo, Sarai nem acredita quando Victor Faust aparece para salvá-la — de novo. Apesar de irritado pelas atitudes inconsequentes dela, ele logo percebe que a garota não vai desistir de seus objetivos. Então, não há outra opção para ele a não ser treiná-la. Com tamanha proximidade, para eles é impossível resistir à atração explosiva. Nem Victor nem Sarai podem disfarçar o que sentem, ou negar o desejo que os une. No entanto, depois de tantos anos de sofrimento e tantas cicatrizes emocionais, será que eles conseguirão lidar com um sentimento como amor? Só que Sarai — novamente na pele de Izabel Seyfried — ainda terá que passar por um último teste; um teste para provar se conseguirá viver ao lado de Victor, mas que, ao mesmo tempo, poderá fazê-la questionar os próprios sentimentos e tudo que sabe sobre esse homem.
Essa resenha pode conter spoiler do
livro anterior!
Sarai não consegue se adaptar a uma
vida dita normal, ela tentou! Com um novo namorado e uma melhor amiga
ela busca se envolver a sua nova realidade, mas a imagem do nojento
Hamburg não sai da sua cabeça. Ela não aceita que o criminoso
sairá impune, que seus crimes não serão cobrados. Depois de muito
planejar, Sarai decide por um fim no que a perturba, decide assassinar
o homem que invade seus pesadelos mais recentes.

O Retorno de Izabel é a continuação
de A Morte de Sarai e posso dizer que a história já começa
bombando 💣. A tensão do início do livro me deixou ansiosa, mas a
vontade de saber o que aconteceria com a personagem não me deixava
largar.
Aqui parece que os papéis entre
Sarai e Victor se invertem. Conhecemos uma garota sombria, cujos
traumas começam a vir a tona e a mudar suas atitudes e resoluções.
Cheguei a ficar com medo dela em alguns momentos. Já com Victor,
vemos surgir seu lado humano, emocional, que está disposto a tudo para
proteger Sarai. Claro que não temos um personagem derretido ou
queridinho aqui, afinal de contas ele continua um assassino. O que encontramos agora é uma
narrativa na qual a autora joga com a dualidade existente em todo ser
humano, que faz com que ninguém seja completamente mau ou bom.
Gostei muito da forma como a autora desenvolveu essas novas facetas
dos protagonistas, trouxe um ar de coisas nova para história.

Assim como aconteceu com o livro
anterior, vejo nesse enredo destruído, deturpado e tenso a imagem de
uma flor ou de algo positivo em meio a terra seca. Vejo indivíduos
com passados sofridos, fazendo a única coisa que foram ensinados a
fazer. Indivíduos que, mesmo sem saber, procuram algo bom pelo
qual viver, que procuram algo semelhante a uma família para
depositar seus corações. Indivíduos destruídos que encontram uns
nos outros a esperança de uma parceria, um companheirismo
verdadeiro.

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